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Moderato Cantabile, de Marguerite Duras

10/06/2011

Marguerite Duras foi uma escritora e realizadora francesa, nascida em 1914, conhecida pela sua obra “O Amante”. Mas é de Moderato Cantabile que o post de hoje trata.

Não há muito que dizer sobre este livro, porque sinceramente nem sei por qual ponta lhe hei-de pegar. É uma história confusa, sem pés nem cabeça, sem princípio nem meio nem fim que seja coerente. Não tem um fio condutor, pelo que não se percebe a narrativa nem se acompanha a história. Em suma, é uma mistura de alhos com bugalhos.

Que história é essa? A história de um miúdo que tem aulas de piano e da sua mãe, Anne, que se encontra num café com um homem para falar da morte de uma mulher. A relação do homem com Anne, não sabemos; a relação que estes tinham com a mulher que morreu, não sabemos; porque é que o homem sabia tudo e mais alguma coisa sobre Anne, não sabemos.

Não sabemos coisa alguma da história, a não ser um pouco da personalidade da criança que é revelada quando esta teima em não aprender as lições de piano, e o amor de Anne pelo seu filho.

À medida que se lê o livro, chega-se a pensar que a narrativa é composta por pequenos fragmentos de várias histórias. Não digo que o livro deveria ser um calhamaço a explicar tintim por tintim, letra por letra, a história, mas deveria pelo menos ter um fio condutor. É que para além da narrativa ser “desfragmentada”, é apresentada de forma descontínua (um pouco aqui, outro pouco acolá…).

Não é que o livro seja péssimo – também não é propriamente bom – mas uma pessoa é que está habituada a ler uma história bem contada com princípio, meio e fim, e quando lê um livro desconexo, desfragmentado e descontinuado escreve uma crítica deste género…

*Na imagem:  a autora
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