*Este livro faz parte da colecção Biblioteca de Verão (2011), do DN/JN.
Ilustração de Cristina Valadas, presente na capa do livro. Imagem original encontrada aqui. |
Não consigo gostar da temática vampírica (nem de outra do género), a não ser que envolvam algo macabro, um crime hediondo, muito sangue. O que não é o caso destas histórias, que retratam vampiros a levar uma vida praticamente “normal” (entre aspas porque, enfim, não deixam de ser vampiros).
Talvez eu seja exigente a nível literário e por isso digo que estas histórias não são minimamente cativantes, devido ao facto de não terem horror físico ou mesmo horror psicológico em quantidade suficiente; aliás, estas histórias não têm qualquer tipo de sentimento extraordinário como, por exemplo, um ódio interminável ou um desprezo extremo. Porém, estas são apenas interpretações da minha parte, que não costumo ler este tipo de literatura, crendo que deveria ser sinónimo de horror.
Quanto à escrita, as histórias estão bem conseguidas, com finais inesperados e suspense na medida, levando o leitor a querer saber rapidamente qual será o seu desfecho. Ademais, a linguagem é simples, coloquial, não precisando de muito esforço intelectual para se ler mas que, ainda assim, é bem construída e não parece ter sido escrita por um adolescente.
Em suma, este conjunto de histórias é um exemplo de que, mesmo as narrativas não sendo encantadoras, uma escrita aceitável pode fazer com que o leitor leia o livro inteiro. Lição de vida: a escrita, como sempre, é importantíssima.