É uma novela, cujo narrador e personagem principal é esquizofrénico, e conta-nos a história de como a sua mulher morreu, que agora está em cima da mesa, à espera de uma urna.
Conheceu-a porque ela ia à sua casa de penhores, para conseguir pagar um anúncio num jornal. Depois de conversarem um pouco, pediu-a em casamento, e como ela vivia muito mal, porque era orfã vivia com duas tias que a tratavam mal, aceitou.
Ela tinha 16 anos, ele 42. No principio no casamento, o narrador esclareceu bem as coisas: ela deveria, tal como ele, trabalhar na casa de penhores. E ela, contente, ainda tentava falar com ele, mas ele praticamente não respondia. Tinha o objectivo de a deixar submissa, para que ela o adorasse. No entanto, sendo ela uma adolescente, ao ver como ele queria impor o silêncio entre os dois, começou a ódia-lo. E discutiam, com silêncio. Raramente falavam um para o outro, a não ser quando a mulher o tentava atacar.
Depois de muitas lutas, a rapariga adoeceu. Ele não faz nada, até que um dia, quando estava a trabalhar, ouvi-a a cantar. E nesse momento percebeu como ela era importante, e foi ter com ela, beijando-lhe os pés e pedindo para falarem de qualquer coisa. Ela assustada, ia sofrendo outro ataque, e ele deitou-a, para se acalmar.
Quando tudo parecia bem, um dia em que ele não estava em casa, a rapariga estava a olhar para um ídolo que tinha sido penhorado por uma mulher. Estava a olhar para ele, e depois olhou para a janela a sorrir. A empregada perguntou o que se passava, e resposta foi "nada". Virou costas, mas achando estranho, virou-se para trás, e viu a rapariga a saltar da janela, agarrada ao ídolo. Quando o narrador chegou a casa, viu uma pequena multidão, e aproximou-se. Viu a rapariga morta com o ídolo.
Esta novela tem vários nomes traduzidos em português: Submissa, Uma Criatura Gentil ou A Dócil.
Apesar de haver diálogo, é tudo nos descrito com a narração da personagem principal, exitindo pelo meio os pensamentos de culpa, de remorsos, de desespero desta. O livro acaba com a frase:
"Os sapatinhos dela estão ao pé da cama, como à espera dela... Digam, a sério, quando amanhã a levarem, o que será de mim?"