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A Morte, esse Lugar-Comum - de Alexandre O'Neill

15/10/2012


Morte e Vida, de Gustav Klimt (1916) - imagem encontrada aqui

É trivial a morte e há muito se sabe
fazer - e muito a tempo! - o trivial.
Se não fui eu quem veio no jornal,
foi uma tosse a menos na cidade...

A caminho do verme, uma beldade
— não dirias assim, Gomes Leal? —
vai ser coberta pela mesma cal
que tapa a mais intensa fealdade.

Um crocitar de corvo fica bem
neste anúncio de morte para alguém
que não vê n'alheia sorte a própria sorte...

Mas por que não dizer, com maior nojo,
que um menino saiu do imenso bojo
de sua mãe, para esperar a morte?...

[fim do poema]



Tenho tido problemas com o monitor do meu pc portátil, sendo que ele, agora, está a ser arranjado (assim espero). Como todos os meus projectos de posts, todos os meus textos, as imagens que fui guardando, tudo se encontra lá, não será tarefa propriamente fácil vir aqui ao blogue.

Ainda sou, como inclusive já mo disseram, old school e grande parte dos meus textos (quase, quase todos) sobre o que tenho lido e sobre outros assuntos estão, nas suas linhas gerais, no meu bloco de notas. O problema é a preguiça de os escrever novamente - muito em parte sabendo que, se o fizer, o resultado final não será o mesmo (e nunca o poderia ser).

Este epílogo exagerado serve para informar que, durante o período em que me encontrar sem o meu computador, os posts do hvr serão como que improvisados, pequenos, mas a meu ver agradáveis. Podia perfeitamente ficar sem postar, porém prefiro este sistema de improvisação - que apenas consiste em reunir poemas e arranjar imagens que os ilustrem.
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