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Citações retiradas da peça Hamlet, de Shakespeare

03/02/2012


To be, or not to be, that is the question:
Whether 'tis Nobler in the mind to suffer
The Slings and Arrows of outrageous Fortune,
Or to take Arms against a Sea of troubles,
And by opposing end them: to die, to sleep
No more; and by a sleep, to say we end
The heart-ache, and the thousand Natural shocks
That Flesh is heir to? 'Tis a consummation
Devoutly to be wished. To die to sleep,
To sleep, perchance to Dream; Ay, there's the rub,
For in that sleep of death, what dreams may come,
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause. There's the respect
That makes Calamity of so long life:
For who would bear the Whips and Scorns of time,
The Oppressor's wrong, the proud man's Contumely,
The pangs of despised Love, the Law’s delay,
The insolence of Office, and the Spurns
That patient merit of the unworthy takes,
When he himself might his Quietus make
With a bare Bodkin? Who would Fardels bear,
To grunt and sweat under a weary life,
But that the dread of something after death,
The undiscovered Country, from whose bourn
No Traveller returns, Puzzles the will,
And makes us rather bear those ills we have,
Than fly to others that we know not of.
Thus Conscience does make Cowards of us all,
And thus the Native hue of Resolution
Is sicklied o'er, with the pale cast of Thought,
And enterprises of great pitch and moment,
With this regard their Currents turn awry,
And lose the name of Action.
.

“«Parece», senhora? Não; é! Não conheço «aparências». Não apenas a minha capa cor de noite, boa mãe, nem o traje soturno de um negro solene, nem o sopro forte dum suspiro forçado, não, nem o rio que me corre nos olhos ou o aspecto tristonho do meu rosto, junto às formas, aspectos e moídos da dor, que verdadeiramente me revelam. Esses, realmente, «parecem»; porque são as acções que um homem pode representar… Mas eu tenho dentro de mim o que não pode representar-se e não os trajes ou o cenário da dor.”

“Ah! Não poder esta dura carne fundir-se, derreter e resolver-se em orvalho! Ah! Se não tivesse o Eterno apontado os seus canhões contra o suicídio! Meu Deus, meu Deus! Como parecem vãs, pesadas, estéreis e vulgares todas as alegrias deste mundo!”

“As infâmias, ainda que toda a terra as encobrisse, hão-de revelar-se perante os olhos do homem.”

“Recusa aos teus pensamentos a palavra e a acção aos actos reflectidos.”

“Acima de tudo, sê sincero contigo próprio. Em consequência, tão certo como a noite seguir o dia, não poderás ser falso para ninguém.”

“Há mais coisas no Céu e na Terra, Horácio, do que sonha a nossa filosofia.”

“Porque vós próprio, senhor, envelhecereis como eu – a menos que, como o caranguejo, pudésseis andar para trás.”

“Não podeis, senhor, privar-me de nada que eu não queira voluntariamente privar-me, com excepção da minha própria vida, com excepção da minha própria vida, com excepção da minha própria vida.”

“Porque nada é bom ou mau, senão porque o pensamos.”

“Eu poderia estar encerrado numa casca de noz e considerar-me o rei dum espaço infinito.”

“Se tratais cada homem como merece, qual escapará ao chicote? Trata-os segundo a vossa própria honra e dignidade. Quanto mais merecerem, mais mérito haverá na vossa generosidade.”

“Que faria ele, se tivesse os motivos e a inspiração para a dor que eu próprio tenho? Inundaria o palco de lágrimas e rasgaria as orelhas do público com um discurso terrível, enlouqueceria os culpados e aterraria os inocentes, confundiria os ignorantes e perturbaria as próprias faculdades dos olhos e dos ouvidos. Contudo, eu, zé-ninguém feito de lama, pobre idiota sonhador, impotente para a minha própria causa, nada posso dizer, não, nem por um Rei a quem roubaram os bens e a própria vida numa pavorosa traição.”

“Ser ou não ser – eis a questão; será maior nobreza da alma sofrer a funda e as flechas da fortuna ultrajante ou pegar em armas contra um mar de infortúnios opondo-lhes um fim? Morrer, dormir… nada mais… É belo como dizer que pomos fim ao desgosto e aos mil males naturais que são a herança da carne. É esse um fim a desejar ardentemente. Morrer, dormir… dormir… e talvez sonhar. Sim, eis o espinho! Pois que sonhos podem vir desse sono da morte, depois de libertos do tumulto da vida? Eis o que deve deter-nos. Eis a consideração que nos traz a calamidade duma tão longa vida. Pois quem suportaria as chicotadas e mofas do mundo, a tirania do opressor, a insolência do orgulhoso, as dores do amor desprezado, as delongas da lei, a arrogância do poder, o desdém que o mérito paciente recebe dos indignos, quando podia buscar a própria quietude com um simples estilete? Quem suportaria tais fardos, protestando e suando numa vida dura, se não fosse o receio de qualquer coisa após a morte, dessa região não descoberta e de cuja fronteira nenhum viajante regressa, que lhe quebranta a vontade e faz que queira antes sofrer os males da Terra que voar para outros de que nada sabe? Assim a consciência faz de nós uns covardes; assim a cor primitiva de resolução descora perante a pálida luz do pensamento e empreendimentos de grande porte e importância desviam a sua rota e perdem o nome da acção.”
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