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Regresso de Sherlock Holmes I, de Arthur Conan Doyle

06/09/2011

*O resumo contém spoilers
*Estas histórias fazem parte do conjunto de contos "Regresso de Sherlock Holmes". Na colecção da Global Notícias, é o volume 4 (Regresso de Sherlock Holmes I).

A Escola do Priorado – diferentemente do que nos tínhamos habituado a ler, esta história não tem aquele teor extraordinário, estranho e curioso como têm as outras. Podemos até afirmar que é uma história normal, tendo em consideração as que por aqui já foram descritas. Obviamente que, por o caso que Sherlock Holmes resolve ser normal, não quer dizer que não seja interessante.

O caso: Thorneycorft Huxtable, professor da escola do priorado, pede ajuda de Holmes no caso do desaparecimento do Lord Saltire, filho único do duque de Holdernesse, o maior e mais rico súbdito da Coroa – que desapareceu na sua escola. Para além do rapaz, desapareceu também o professor de alemão e a sua bicicleta. Todos os indícios confirmam que o rapaz saiu de livre vontade, e que o professor de alemão foi atrás dele.

Nas suas buscas, Holmes descobre o corpo do professor, cuja morte foi causada por um ferimento na cabeça. No curso das investigações, que são muito pormenorizadas e difíceis de transcrever para aqui, Holmes descobre o paradeiro do rapaz.

O filho ilegítimo do duque (acabando por ser secretário do pai), mantinha um ódio pelo Lord Saltire. O seu plano era simplesmente que o seu pai excluísse o menino do testamento, como forma de resgate – e para isso arranjou como cúmplice o dono da estalagem perto da mansão. Porém, os seus planos foram interrompidos quando soube da morte do professor, e foi obrigado a confessar tudo ao pai.

Holmes apenas afirmou que nada diria à polícia sobre o sucedido (desde que justiça fosse feita), e já que o duque não desejava qualquer escândalo; mas o dono da estalagem iria pagar pelo seu crime.


Pedro Negro (Black Peter) – outra história que é diferente, desta vez pelo crime cometido ter sido hediondo e bruto, ainda mais do que a própria vítima.

Peter Carey, homem que em vida foi detestável, marinheiro e que raramente fumava, foi encontrado morto na sua cabana: foi preso na parede por um arpão. O inspector Hopkins, que está a resolver o caso, encontra no local do crime uma tabaqueira com as iniciais PC e um bloco de notas com as iniciais JHN, que contém dados sobre as cotações da bolsa de valores. Hopkins pede a ajuda de Holmes, se bem que com o bloco de notas já está a meio caminho andado para descobrir o criminoso (faltando só descobrir o significado de JHN).

Quando Holmes, Watson e Hopkins vão examinar o local de crime, o polícia descobre que tentaram abrir a porta – então Holmes sugere ficarem à espera da pessoa que queria entrar na cabana, já que voltaria nessa noite (porque não conseguiu abrir a porta na noite anterior).

A pessoa de quem os três estavam à espera chama-se John Hopley Neligan. Em suma, a sua história foi esta: foi à cabana de Carey apenas para ver o seu diário de bordo, pois pensava que encontraria alguma pista sobre o seu pai (banqueiro que partiu para a Noruega com várias acções, no tempo em que Carey partia com o seu baleeiro), porém afirma que nada teve que ver com o crime que foi cometido.

O inspector Hopkins, contudo, não acredita nele e prende-o. Mesmo assim, Sherlock Holmes sabe que o rapaz está inocente e continua com a sua própria investigação, cujo resultado foi: o marinheiro foi morto pelo arpoeiro Patrick Cairns, que no tempo em que estava no baleeiro viu Carey atirar o pai de Neligan ao mar e, consequentemente, ficar com uma caixa que este tinha. Patrick foi ao encontro de Carey para poder chantageá-lo e receber algum. Num dia, combinaram tudo; dois dias depois, como tinham combinado, Cairns encontrou Carey, mas este estava bêbado e furioso, ameaçando-o com uma faca. Assim, Patrick pegou no arpão que estava na parede na cabana e atirou contra Carey.

Com isto tudo, Hopkins aprendeu uma lição: formular sempre duas hipóteses (ou quantas forem possíveis) e tentar provar qual a verdadeira.
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