Image Map

Contos Policiais, de Edgar Allan Poe

08/08/2010

Edgar Allan Poe (1809 – 1849) é um dos maiores autores americanos, mestre dos contos de horror e pioneiro no que diz respeito às histórias policiais. Curiosamente, ganhou primeiro o apreço dos críticos em França e em Inglaterra. Podem ler mais sobre este escritor aqui (em inglês).
.
Este livro, Contos Policiais, foi editado pela Guimarães Editores, em 2009, numa comemoração dos 200 anos do nascimento do escritor. A par deste livro, foram também editadas algumas versões especiais (com capa dura, ilustrações, etc.).
Apesar de o livro ser composto por contos policiais, Edgar Allan Poe não deixa de fazer alguns ensaios sobre, por exemplo, as capacidades analíticas do ser humano (Os Crimes da Rua Morgue) ou ainda sobre algumas coincidências difíceis de imaginar (O Mistério de Marie Rogêt) – aliás, característica predominante na obra do autor, isto dos breves ensaios. A capacidade de descrição de Edgar Allan Poe é extraordinária: conseguimos imaginar todos os pormenores do crime, o processo de resolução do mesmo e o carácter do criminoso.
Embora estas curtas histórias presentes neste livro não sejam as típicas histórias de horror de Poe, conseguimos captar o espírito perturbado do escritor ao lermos a natureza dos crimes que foram cometidos. Ainda que estes contos sejam ligeiramente diferentes da outra faceta de Edgar Allan Poe, a linguagem e a maneira de escrever do autor mantém-se; querendo isto dizer que conseguimos identificar o autor deste livro pela linguagem/escrita (isto claro, se conhecermos de antemão outras obras do autor).
No que diz respeito ao mistério que é característico ao romance policial, é bem conseguido ao apenas sabermos quem fez o quê no final da história (o que é algo inesperado, mas se nos atentarmos às pistas e aos pormenores durante a leitura conseguimos perceber quem fez o quê). Quanto ao Dupin, é um génio que consegue resolver os crimes devido à sua filosofia de se atentar aos mais ínfimos pormenores e de dar aos factos simples igual importância que dá aos factos complicados, pois muitas das vezes a resolução dos problemas está nos mais pequenos pormenores.
O livro conta, também, com um excelente trabalho de tradução, que contém notas de rodapé bastante elucidativas, quer a explicar quer a contextualizar a história.
Edgar Allan Poe acreditava que existem crimes perfeitos. Como já referi antes aqui, os crimes perfeitos podem até existir, mas não só depende de quem os comete, mas também de quem os resolve.

Abaixo seguem-se os links das histórias que compõem este livro:
*Não optei por resumir os contos, pois assim perderia a graça se os leitores se decidissem a ler o livro. Edgar Allan Poe na imagem.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...