Este livro fala de Mariana, uma menina de 10 anos que, assim quase do nada, vai ter uma irmã.
E o livro gira à volta das suas emoções, pensamentos e as rápidas mudanças que a sua vida sofre.
O livro também tem um tema principal: as chatices que Rosa (a irmã) dá, as chatices que a Rosa atrai, portanto Mariana passa a primeira parte do livro sem saber se gosta da irmã ou não.
Com este livro, a autora (Alice Vieira) faz pensamentos e afirmações interessantes, mas próprios de uma menina da sua idade. Critica também as pessoas, a sua família e até mesmo a família da melhor amiga, e tem sempre na lembrança as palavras do seu ídolo, a avó Lídia: "Que a gente nunca deve ter medo de ninguém", e as suas histórias, e o seu riso.
À medida que o tempo passa, Rosa começa a gostar da irmã, a achar que tem utilidade (isto deve-se ao facto de ela questionar as coisas, para que servem), e até começa mesmo a pensar a intregá-la na sua família (isto já vós conto logo a seguir), onde não entra a tia Madga, "que só gosta de antúrios e estrelícias".
Faz também uma grande crítica à família, onde as pessoas são obrigadas a gostar de outras pessoas sem razão nenhuma, "E acho que ninguém me pode obrigar a gostar deles (uns familiares brasileiros) só pelo facto de serem da minha família", e que se dependesse dela, escolheria a sua família não pelo sangue, mas pela forma como se relaciona com ela (o que não deixa de ser interessante).
Aconcelho a ler, visto que tem umas ideias interessantes, e não podemos deixar de nos ver na Mariana, quando ela fala daquelas pessoas que só nos vêem uma vez por ano e dizem sempre "estás tão crescida!", e ao perceber as mentiras e encobrimentos dos mais velhos. :)
Devo-vos dizer que este livro que eu tenho é velho. É ainda da terceira edição, e tem marcas minhas, ou seja, está todo riscado com marcador ;)
