"Le mauvais goût mène au crime"
[O mau gosto leva ao crime]
Mais uma história de Sherlock Holmes aqui no blogue. É a única coisa que consigo ler no momento, portanto mais nos vale a todos começar a fazer amizade com o detective.
A história foi publicada em 1890 e foi feita por encomenda, por assim dizer. Em 1889, Joseph M. Stoddard, editor da Lippincott’s Monthly Magazine, pediu a Conan Doyle que fizesse a história. O pedido foi feito num jantar, no qual estava presente nada mais, nada menos que Oscar Wilde.
A história é sobre o quê? Para quem não leu, é sobre uma investigação de Sherlock Holmes – e isto não ajuda muito a quem não leu; mas quem não leu tem que a ler.
Mary Morstan pede a ajuda de Sherlock Holmes quando recebe uma carta “de um amigo desconhecido” a marcar um encontro, afirmando que “será feita justiça” pelos danos sofridos. O que se passa é que o pai de Mary desaparecera dez anos antes, e quatro anos após o seu desaparecimento, Mary começa a receber, todos os anos, uma pérola de grande valor.
Assim, perante esta situação estranha, o desaparecimento do seu pai, as pérolas e agora a carta misteriosa, a ajuda de Holmes é muito bem-vinda. Mary conta ao detective que o seu pai era oficial de um regimento indiano, 34º regimento de Infantaria de Bombaim, e que o seu único amigo em Londres era o major Sholto.
Holmes decide que é melhor atenderem ao encontro do amigo desconhecido, que se revela ser um dos filhos do major Sholto. Thaddeus Sholto conta então a sua história: o seu pai tinha roubado um tesouro valiosíssimo a Morstan e a mais quatro homens que estavam de vigia num forte em Agra, na Índia (entre eles um chamado Small). Quando Morstan morreu, tentou encontrar o paradeiro de Mary e enviar-lhe o que lhe pertencia (a parte do tesouro de Morstan). Naturalmente, o major Sholto tinha escondido o tesouro e morreu com esse segredo.
O tesouro foi encontrado pelo irmão gémeo de Thaddeus, Bartholomew. Portanto, Thaddeus decide ir ter com o irmão para entregar a Mary a sua parte. Quando Thaddeus chega à casa do irmão, juntamente com Holmes, Watson e Mary, encontram Bartholomew morto e descobrem que o tesouro foi roubado.
Cabe a Holmes, agora, descortinar quem matou Thaddeus e quem roubou o tesouro – o que não foi fácil, pois esteve quase a deixar escapar o criminoso. Já fiz alguns spoilers, mas é sempre bom explicar o título do livro: o Signo dos Quatro foi um pacto secreto, da divisão de um tesouro por quatro homens (sim, esses mesmos quatro homens que o major Sholto ludibriou).
Uma vez mais, Sherlock Holmes resolve o caso e fica sem quaisquer créditos – mas resta-lhe “sempre a expectativa de recomeçar, a cada momento, um novo caso”.
*Imagem retirada do google.
**Info sobre a publicação do livro vista na wikipédia.
**Info sobre a publicação do livro vista na wikipédia.
***Download do livro (com um prefácio excelente) pode ser feito aqui.